segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Estabelecimentos prisionais - Portugal | Prisões típicas Portuguesas


Um estabelecimento prisional típico do grupo classificado como sendo de alta complexidade é composto por diversas unidades, cada uma contendo celas individuais e camaratas, um refeitório e um gabinete para os guardas.Os prisioneiros comem no refeitório, sob vigilância. As duas horas de atividade exterior diária decorrem nos pátios.
Em geral a infraestrutura dispõe de três ou quatro salas de aulas, uma delas equipada com computadores, uma biblioteca, um pequeno ginásio com equipamentos simples, uma loja e uma capela, também usada para outros fins.
Os espaços de trabalho localizam-se num anexo aos edifícios ou, especialmente na prisões mais antigas, em estruturas separadas.
A zona de cuidados médicos dispõe de uma unidade própria, com zona de espera, várias salas de exame e consultas e uma clínica com camas para tratamento de doentes internados e um quarto de isolamento.
Os castigos disciplinares são aplicados também numa unidade própria que dispõe de celas e pátios especiais.
Em algumas das prisões visitadas existe uma unidade específica, com uma capacidade de 5% do estabelecimento prisional, que oferece um regime mais leve, com maior autonomia e mais conforto, destinada a preparar os detidos que serão libertados em breve.
As visitas regulares dos familiares (visitas de uma hora duas vezes por semana) têm lugar sob supervisão em uma ou várias salas de grandes dimensões. As visitas íntimas – permitidas de forma generosa comparativamente aos parâmetros internacionais – têm lugar em quartos equipados com cama de casal, kitchenette e casa de banho com chuveiro.
A vigilância das instalações é feita através de torres de vigia com uma guarnição permanente de guardas armados. Os guardas fazem turnos de 24 horas com dois dias de folga, dispondo de salas próprias de convívio, refeitório e quartos para pernoita.
Exemplos de prisões em Portugal:

Estabelecimento Prisional da Guarda:

Usado inicialmente como prisão-hospital, o edifício foi transformado definitivamente em estabelecimento prisional em 1971. O Estabelecimento Prisional da Guarda é um dos 5 estabelecimentos prisionais que dispõe de “Secção Feminina”.


                   



                                           

Estabelecimento Prisional de Lisboa:

Este impressionante estabelecimento prisional, atualmente classificado como monumento de interesse público, localiza-se no limite do centro da cidade, numa das suas sete colinas. O modelo arquitetónico seguido foi o da Prisão de Leuven em Bruxelas, construída em 1860. 






Estabelecimento Prisional da Carregueira

Este estabelecimento prisional localiza-se numa zona rural na estrada N117, rodeado por instalações de treino militar. Com exceção dos dois blocos de celas, os edifícios e a zona de segurança do estabelecimento com a sua extensa reserva rural, sendo qualificado como exemplar, especialmente a bem organizada zona de visitas.





sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Cemitério dos Prazeres - Lisboa

Hoje vamos conhecer um pouco sobre o Cemitério dos Prazeres, um verdadeiro museu a céu aberto e o primeiro cemitério em Portugal a organizar visitas. É também um dos destinos conhecidos do Dark Tourism em Portugal.


História

Após o surto de cólera morbus, em 1833, que assolou a cidade de Lisboa, era urgente a criação de um grande cemitério, que pudesse responder à grande necessidade de um espaço digno para serem sepultadas as vítimas, tendo assim sido criado o Cemitério dos Prazeres.

O nome do cemitério (dos Prazeres), é derivado do nome da quinta que antigamente ocupava a mesma área que o atual cemitério.

Por servir o lado ocidental de Lisboa, onde estavam implantados os bairros das residências aristocráticas, logo desde os seus primeiros anos, o Cemitério dos Prazeres acabou por se tornar o cemitério das famílias dominantes da cidade, que com os seus gostos e meios materiais, acabam por dar uma certa monumentalidade ao cemitério.



As construções imponentes que acabam por ocupar praticamente todo o espaço ajudam-nos a ter uma noção das ideias e gostos arquitectónicos, mas também das convicções e crenças que ficam bem evidentes na rica e variada simbologia que as ornamentam.

Aí podemos encontrar diversos símbolos de variadas interpretações, não só religiosas, mas também maçónicas, profissionais e heráldicas. Além disso, é interessante notar-se a disposição espacial das construções e a variação das formas que revestem essas mesmas construções, tornando este espaço num precioso testemunho de como se pensava a morte no decorrer do séc. XIX.


Este cemitério constitui-se assim num museu a céu aberto, que possui elementos importantes para se chegar ao conhecimento da história contemporânea de Portugal, da atitude perante a morte, da arquitectura, e da escultura portuguesa.


Algumas curiosidades

Maior mausoléu privado da Europa

Nos Prazeres existe o maior mausoléu privado da Europa: o Jazigo dos Duques de Palmela. Mandado construir em 1847, há quem lhe reconheça uma ligação à simbologia maçónica. Dentro do mausoléu está sepultada a elite dos criados e na capela, em forma de pirâmide, repousam os familiares e alguns amigos, com o duque de Palmela no centro. O jazigo tem cerca de 200 corpos e restos mortais da família e ainda dois padres amigos da família.

A maior concentração de ciprestes


No Cemitério dos Prazeres pode encontrar a maior e mais antiga concentração de ciprestes da Península Ibérica. Estas árvores vão dando cor ao espaço com mais de 12 hectares, onde estão espalhados mais de 7.000 jazigos, ao mesmo tempo que delimitam as ruas por onde se pode circular.

Cripta dos Bombeiros e capela com antigas salas de autópsias

Com uma das vistas mais privilegiadas do cemitério — virada para a ponte 25 de Abril e a margem sul do Tejo — encontra-se o talhão onde estão sepultados os Bombeiros Sapadores, espaço cedido pela Câmara Municipal para esse efeito em 1911. Aí se pode ver a Cripta dos Bombeiros Sapadores, inaugurada em 1878, projetada pelo arquiteto Dias da Silva, o mesmo que fez a Praça de Touros do Campo Pequeno.

É nessa capela que se pode ver as antigas salas de autópsias — onde se fizeram as primeiras autópsias fora do Instituto de Medicina Legal — e o acervo, onde se podem consultar registos antigos. É lá também que está instalado o Núcleo Museológico, com vários objetos de culto, como crucifixos, candeias e peças de cerâmica.

Ofélia Queiroz e Fernando Pessoa: juntos até depois da morte

É nos Prazeres que se encontram os restos mortais de Ofélia Queiroz, a única namorada que se conheceu a Fernando Pessoa. Curioso é que só foi descoberto depois de o próprio Fernando Pessoa ter sido trasladado dos Prazeres para os Jerónimos.

De Cesariny a Cesário Verde, de António Gedeão a Vasco Santana


Atores, cantores, escritores, pintores e apresentadores de televisão. Nomes como António Gedeão, Cândida Branca Flor, Carlos Paredes, Henrique Mendes, Maluda, Mário Cesariny, Raúl Indipwo e Cesário Verde, mas também Vasco Santana, Fernando Maurício, Raul Solnado, entre muitos outros. Nos Prazeres estão sepultados, no Talhão dos Artistas, alguns dos maiores nomes da cultura portuguesa.

Estiveram também sepultados neste cemitério Aquilino Ribeiro e Amália Rodrigues, que foram entretanto trasladados para o Panteão Nacional.

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O Cemitério dos Prazeres fica localizado na parte ocidental de Lisboa, na freguesia dos Prazeres, perto do bairro de Campo de Ourique, mais precisamente, na Praça de S. João Bosco (1350-297 Lisboa).

Para quem desejar visitar este local, o cemitério encontra-se aberto todos os dias da semana, entre as 9:00 e as 17:00, sendo possível aí chegar por meio de transportes públicos, tais como os autocarros 9, 18 e 74, e os eléctricos da Carris 25 e 28. Os números de contacto são os seguintes:

Telefone – 213 961 511 / 213 979 223

Fonte. 1, 2.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Palácio da D. Chica || O Palácio esquecido

O Castelo da D. Chica, também conhecido como Palácio da D. Chica ou Castelo de Palmeira – é um edifício apalaçado de caraterísticas ecléticas sobre um estilo romântico que está localizado em Palmeira, no concelho de Braga. Foi desenhado pelo arquiteto suíço Ernesto Korrodi e começou a ser construído em 1915, tendo sido classificado Monumento de Interesse Público em 2013. O imóvel foi concebido para servir de habitação a J. Ferreira do Rego e sua mulher, Francisca Peixoto Rego, que queria fazer daquele palácio o seu lar: organizar festas, receber amigos, quem sabe ver crescer ali os filhos que ainda não tinha.

Depois de quatro anos de obras, Francisca divorciou-se do marido e mudou-se para o Porto. Nunca voltaria a entrar no seu palácio, na altura correram rumores de que teria lançado uma maldição sobre o palácio: nunca mais ninguém voltaria a viver ali. Quem se atrevesse a entrar, sairia a correr depois de a ver aparecer de branco no cimo da escadaria do palácio.
Durante décadas, o Palácio Rego, mais conhecido por Palácio de D. Chica, foi passando de mão em mão, mas ninguém conseguia fazer nada com aquilo.
Ao longo das décadas, o palácio foi mudando de dono várias vezes. Houve muitos projetos e obras, com o objetivo de concluir os trabalhos no interior. Nunca mais ninguém conseguiu erguer algo ali.




Estabelecimentos prisionais - Portugal | Prisões típicas Portuguesas

Um estabelecimento prisional típico do grupo classificado como sendo de alta complexidade é composto por diversas unidades, cada uma conte...